terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sentir a fluidade da vida...


"... A brisa é fria mas o frio é eterno. Eu sigo a orla ao longo da Barra, a tarde avança mas ainda é clara. Não me é estranha essa sensação de caminhar a esmo, seguir sem direção, só, comigo mesmo sem me importar em ir ou voltar sem ter que chegar a algum lugar. Andar, andar, até cansar.
Não interessa o que aconteça, eu não tenho pressa embora não pareça, a vida não cessa, eu sei depois dessa ela prossegue ou só recomeça... Eu sei que você pensa em mim e lembra de mim, mas eu não sou assim como você vê, como você pensa que eu possa ser...
Nada me pertence nesse mundo. Tudo é transitório, tudo é ilusório, ainda que se pense que o que se vê é pura realidade, na verdade, o que se está a ver não é mais que um lapso, distorcido da eternidade...

Assim a gente vai seguindo rumos tão diferentes, caminhos desiguais, mais e mais distantes, continuamente, mais e mais distantes, definitivamente.
(...)
Porque então tanta animosidade se alma não tem nacionalidade alma não tem cor, alma não tem sexo. Esse papo de alma gêmea não tem nexo..."

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